quarta-feira, 18 de junho de 2008

Pro senhor meu Pai...


Certa vezconheci um homem.

Um homem diferente

Dos de sua época.

Evoluído.

Um homem com sua história

De felicidade e sofrimento

Um homem de sentimento!

Um homem consciente

Que se dava... Que se envolvia...

Tudo que era seu,

Naturalmente dividia...

Um homem que nasceu pobre

E morreu rico de amor ao proximo...

Um homem nobre!

Um homem sem preconceitos

Amigo de brancos e pretos

Respeitado e amado

Em qualquer classe social...

Um homem liberal!

Um dia percebi

Que no íntimo do seu ser

Guardava a nostalgia da perfeição...

Um homem de coração!

Um homem que não se deixou corroer

Pelo orgulho do poder

Um homem amigo... Leal...

Um homem total!

Um homem que não capitalizou

Em seu próprio benefício.

Até se negou a isso.

Em detrimento de outros homens

Para ele não havia

Mundo em construção

E sim ganância em evolução.

Um homem onde a justiça,

A bondade,

O amor

Transbordavam do seu interior

Com um brilho tão intenso,

Que se refletiam num espaço imenso.

Um homem que se foi

Mas deixou uma herança

Do tamanho da esperança,

O seu exemplo.

Este homem

A quem eu tanto devo

Está presente em todos

Os meus momentos.

Este homem

Que conheci tão de perto

E que partiu sem adeus,

Que me deixou tão cedo

Era simplesmente

Meu pai.


Carmen Vervloet

Um comentário:

Kal disse...

Eu ainda tenho pai. Quase o perdi, assassinando-o em meu coração e mente, por permitir que preconceitos habitassem no meu peito. Por ouvir demais críticas sobre ele e condená-lo sem antes criticar a mim mesmo. Hoje, ele é o meu herói, mais forte do que um dia já foi. Trabalhador e vitorioso. Como é bom ter um pai. Excelente postagem, Brunno.